A quarta era

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Da reforma do Rei à resistência de Ûmbar

O mundo está mudando, eu sinto isso na água, sinto isso no ar... Muitos anos se passaram desde que Frodo destruiu o Um Anel na Montanha da Perdição dissolvendo a sombra sobre as terras livres e possibilitando a volta do Rei ao trono de Gondor. Elessar, pedra Élfica, rei de Gondor e Arnor levou anos para trazer o vasto reino esquecido de volta das cinzas. Arnor foi reestabelecida com a reconstrução de suas principais vias de trânsito e sua capital, Fornost. Tharbad, cidade reconstruída na região de Cardolan, voltou a ser um importante entreposto comercial. As Colinas das Torres e as Torres Brancas, restauradas, voltam a ser a morada dos Dunedain do norte. Apenas a região de Rhudaur ainda permanece desabitada e poucos atrevem-se a visitá-la. Sabe-se que os Trolls, Orcs e Homens-lobo fizeram das ruínas das fortalezas até Charneca Etten suas moradas, após a derrocada de Sauron. Além delas, as montanhas cinzentas, o monte Gundabard e o monte Gram permanecem como fortes dos Orcs escuros e dos goblins ligeiros. Os terrapardenses, embora pouco amigáveis com a ideia de conviverem com os homens de gondor e de Rohan, ocuparam as terras ao longo da velha estrada para o oeste e as terras cultiváveis de Bri. Entre eles, alguns homens assemelhados a orcs esquivam-se de pessoas comuns. Em Mithlond, os Portos Cinzentos, o vento cruza de norte a sul sem encontrar pessoas em seu caminho. Poucos e perdidos elfos noldor ainda podem ser vistos ali num raro dia de sorte. Lindon, a cidade reluzente de Círdan, findou sua luz e é morada de aves e outros animais. Ao norte, a terra desolada de Angmar ainda permenece envolta em brumas escuras, poucos se aventuram por lá e menos ainda retornam contando histórias de mortos que andam.

Gondor floresceu culturalmente e economicamente com a expansão do comércio de Arnor no leste a Mordor no oeste. Nesse momento Osgiliath, reconstruída, tornou-se o maior centro comercial conhecido, com diferentes culturas trocando e vendendo entre si no maior mercado a céu aberto nos entrefortes do Anduin, rivalizando com a rica cidade de Pelargir. Sua reconstrução contou com o apoio dos anões de Glóin, senhor de Aglarond, e de seu filho Gimli, que hoje é senhor das Cavernas Cintilantes.  Ithilien tornou-se um rico principado sob o governo do príncipe Faramir e da senhora Éowyn. Até mesmo Legolas Verdefolha buscou suas florestas para fundar uma pacata e bela colônia sindarin. Apenas o Vale Morgul ainda é escuro e infértil. As ruínas de Minas Morgul crescem como espinhos da terra, inabitáveis e hostis ao sopé da cordilheira das Ephel Duáth. Estão proibidas as suas terras de entorno e seus campos queimados. Do outro lado do rio, Dol Amroth brilha incandescente na baía de Belfalas sob o comando do leal e honroso príncipe Imrahil. Lamedon e Lossarnach completam as cidades que mais cresceram ao longo do Mindolluin. Ao norte de Cair Andros, na planície de Dagorlad, os Pântanos Mortos são a fronteira dos assentamentos humanos as portas das Emyn Muil, uma força antiga e estranha ainda expulsa ou consome os homens que por ali se aventuram.Mordor tornou-se uma região pertencente a Gondor. O rei criou assentamentos na planície de Gorgoroth, em Nurn até a praia de Nurnen. Já as cavernas de Udûn, a Montanha da Perdição e as ruínas de Barad-Dûr continuam inabitadas e proibidas. O temor dos homens são Orcs de Mordor, Trolls, Gigantes e, até mesmo, Balrogs antigos escondidos desde a queda da sombra. Na sua maioria, os homens que lá se estabeleceram são antigos escravos de Sauron, esquivos da convivência social com os altivos homens de Gondor e Rohan. Numenorianos negros, terrapardenses, orientais de Harad e Rhûn e homens meio-orcs proscritos formam a nova população de Mordor. A distante Harandor, além das terras da modesta Ithillien do Sul e das fozes do Anduin, continua desabitada e perdida devido a crescente resistência dos homens de Ûmbar e seus Corsários continuam assolando as costas Gondorianas até a distante Anfalas e Pinnath Gelin. A própria Baía de Belfalas é seguidamente atacada junto com Tolfalas.

De Rhûn à outros lugares

Além das Colinas de Ferro, o rio Corrente segue até desaguar num lago cuja praia é conhecida como a praia de Rhûn. Este é o limite conhecido do mundo dos homens do Oeste, além dele pouco se sabe, a não ser que ali um grande reino se ergue contrapondo-se ao poder do reino reunido. Os orientais de Rhûn permanecem fiéis a Mordor e expulsam os homens que tentam aproximar-se de suas fronteiras. Seguem fazendo, ainda, pequenas incursões até as Ered Lithui e as Colinas de Ferro. Apenas alguns deles decidiram abandonar as inimizades antigas e, com o apoio do rei Aragorn, estabeleceram-se em Mordor. Com eles, foram alguns poucos homens orientais de Harad. Harad é um reino antigo da era numenoriana, mas caiu sob o domínio da sombra e da escuridão. A estrada de Harad, antiga marca da aliança entre os reinos de Gondor e Harad que cruza o Harandor está, agora, abandonada e praticamente destruída, muitas partes suas ao longo de sua linha já não mais existe. Segue inimiga do reino reunido e qualquer comitiva que parta do oeste é expulsa ou morta. Patrulhas orientais são vistas ao longo do Harandor e ao sul do rio Poros. A muito tempo atrás, quando os magos como Gandalf e Saruman surgiram pelos portos de Lindon, os magos azuis vieram com eles e cruzaram os limites de Rhûn e Harad para nunca mais serem vistos ou qualquer notícia deles retornar.

O povo Druedain, homens atarracados e fortes que pouco deixam ser vistos, ainda vive na antiga floresta Drúadan em poucas tribos. A marca da derrocada de um povo que teve seu esplendor quando construíram lugares como o Templo da Colina em Rohan. Isengard tornou-se uma torre escura encravada no meio de uma gigantesca floresta. A floresta de Fangorn. Conta-se que lá os Ents e os Huorns ainda caminham e que o próprio Barbárvore fez da torre sua morada. Muitos homens esclarecidos evitam cruzá-la ou acamparem próximos a ela. Moria continua vazia, os anões aguardam pelas forças reunidas de Durin VII para reaver e purificar Khazad-Dûm. Suas belas cavernas e vastos salões são esconderijos de milhares de Goblins, Trolls e Orcs que escaparam da queda da sombra.

Lórien, com a partida de Galadriel para as terras imortais, tornou-se desabitada. Tudo o que era lindo agora parece triste e abandonado. Os poucos elfos da região, que ainda vivem na Terra Média, partiram com Celeborn e fundaram Lórien Oriental na antiga Floresta das Folhas Verdes. Antes de partir, Galadriel adentrou sozinha na antiga fortaleza e masmorra de Dol Guldur e destruiu tudo o que lá havia, expondo as ruínas de suas entranhas a céu aberto. Nenhum perigo paira sobre aquele lugar agora. Em Esgaroth, o Reino de Valle foi restaurado e expandiu-se para sul e oeste. Em Érebor, o reino sob a montanha cresceu e tomou todas as Colinas de Ferro vivendo em constante patrulha contra os orientais de Rhûn. Toda a metade setentrional da Floresta das Trevas caiu nas mãos de Thranduill que expandiu seu reino em beleza. Estabeleceu rotas comerciais com Gondor e Arnor além de Valle e Erebor. Mantém contato direto com Ithillien e os elfos de seu filho Legolas. No limite Ocidental da Floresta das Trevas fica Rhosgobel, antigo lar de Radagast, o mago castanho. Diz-se que o mago ainda vive na região. Valfenda, Imladris, permanece como um refúgio ou casa do saber comandada em conjunto pelos irmãos Elladan e Elrohir, filhos de Elrond meio-elfo, que deixou a Terra Média como a maioria dos elfos noldor, e irmãos da rainha Arwen. Rohan floresceu da mesma forma que Gondor sob o comando do rei Éomer tornando-se a mais importante aliança de Gondor e Arnor.
O Condado prospera com suas relações comerciais com elfos, anões e homens. Mesmo com a proibição do rei impedindo que homens adentrem seus territórios relegando o comércio aos seus portões e a região de Bri. Patrulhas da guarda real cruzam os arredores de tempos em tempos. A filha de Sam Gamgi estabeleceu um assentamento hobbit no sopé das Colinas das Torres, ampliando, assim, o território do Condado até o lugar. Merry tornou-se Thain do condado e Pippin Thain da terra dos Tûks.